13 de abril de 2012

A verdade é que durante este tempo todo nao tenho escrito porque não me apetece, porque acho que as minhas coisas para além de não serem de todo interessantes são demasiado minhas para andar ai a partilhá-las com meio mundo (que arrogancia, pensais, como se tanta gente cá viesse…)

Mas tenho lido blogs (e não só, mas falemos hoje dos blogs) e vim cá na semana passada porque na vespera de ir para Portugal, naquela ansiedade causada pela lentidao do tempo nesses dias e pela consciencia que quando lá estivesse seria apenas um piscar de olhos, lembrei-me de um texto que li há uns tempos e que se aplicava lindamente. Hoje, na ressaca de Portugal vim cá postá-lo para o reler na proxima visita (que, fyi, não deve demorar muito).

"Ansiar Portugal é injusto. Porque o meu Portugal é feito de abraços, reencontros, abundância, carinho, alegria, tempo, euforia permanente. E Portugal não é assim. Lá não penso no trabalho, nem na casa para arrumar, nem na fechadura não sei de onde que tenho para mudar, nem no chefe, não há Domingos à tarde, nem terças nem nada menos bom. Não há o dia-a-dia que tira a magia a todas as coisas. Tenho saudades dessa ilusão e é uma injustiça tremenda. Portugal não é verdadeiramente assim, e anseio sempre por uma realidade que não existe, e conto os dias para o meu país de conta e sonho com uma vida irreal."

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