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As relações seriam muito mais simples se os homens nascessem nas árvores.

Eu acredito que existem pessoas que gostam e se relacionam muito bem com a familia do parceiro. Acredito ainda mais que essa empatia seja derivada de respeito mutúo e noção de limites.

Pessoalmente acho que alguns familiares do meu namorado não têm noção dos limites e embora acredite que sintam carinho por mim duvido que me respeitem (ou nos respeitem) muito ao ponto de compreender que sou uma pessoa por mim mesma e não faço/quero/ gosto das coisas da mesma maneira que eles. Daí aquela necessidade irritante de tentar impor sempre a sua vontade nas coisas mais estupidas de tal modo que é capaz de dar com qualquer pessoa em doida e fazer com que eu me passe da cabeça ao ponto de soltar um "Fod@-se, c@r@lho" ali no meio do corredor. O que vale é que ninguém (excepto o Mahmut) percebeu o que isso significa. O que vale ainda mais é que eu não atino com o holandes quando estou irritada ou nervosa, porque se assim fosse tinha havido caldo. Apesar de ter ameaçado que não voltava lá se não me deixassem em paz não consegui mais que isso e como tal estou a destilar o veneno todo aqui e agora senão ainda arranjo uma ulcera.

É que eu até aceito a opinião das outras pessoas, mas quando essas pessoas me vêm com imposições e supostas obrigações e "deves fazer assim" e "tens de fazer assado" sem mostrar qualquer respeito pelas minhas escolhas ou ouvir a minha explicita vontade (muito explicita, muitas vezes) é de fazer perder a cabeça. Quando a única lingua em comum é uma que nenhuma das partes domina muito bem (só o intermediário, coitado), torna-se ainda mais dificil. É como falar com os meus avós, mas estes não são surdos, só parecem.

Ficou mais uma vez provado que o limite de tolerancia está nas visitas de 1 hora, hora e meia já a esticar um pouco. Depois disso é mais que certo que vai dar merda.

E não ponho lá os pés no próximo mês (se depender de mim ainda mais!)